


Reciclagens, Regenerações, Ressignificações
O Acordo de Paris foi assinado em dezembro de 2015, durante a COP (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática) realizada em Paris. Em 2016, foram implementados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [1] abrangendo as dimensões ambiental, econômica e social da sustentabilidade. Desde então, os ODS vem sendo adotados por governos e empresas, pelos setores público e privado, assim como pelo 3º setor. O reconhecimento desses objetivos comuns é absolutamente importante e, ao mesmo tempo, significativamente insuficiente. As dificuldades de implementá-los são visíveis a cada COP, sendo que a próxima se realizará neste ano de 2025 em Belém, Pará. Trata-se de um momento único de apresentar perspectivas singulares de sustentabilidade, desde os muitos Brasis. O seminário SimpoiEsdi pretende participar desde esforço coletivo sob inspiração do conceito de Simpoiésis e, ao mesmo tempo, a partir de experiências realizas no âmbito do Laboratório de Design e Antropologia. Trata-se de mini-experiências mas, realizadas com uma miríade de atores, apontam subjetividades resistentes e potentes modos de cuidados e criação de mundos.
[1] https://www.un.org/sustainabledevelopment/sustainable-development-goals/
Reciclagens: os mil ciclos dos resíduos descartados
Entre os muitos “erres” da sustentabilidade, o de “r” de reciclagem é tido como um dos mais importantes, inclusive nas mais precárias formas de associação. A reciclagem de resíduos é fonte de sustento para muitas pessoas que, apesar da relevância de seu trabalho, são invisibilizadas. Ela envolve uma infinidade de catadores cujas habilidades e conhecimentos sustentam ciclos de vida muito além daquela prevista pela economia circular. Nesta mesa, palestrantes trarão suas contribuições para um debate que pode se estender do ciclo dos resíduos em termos de valor econômico até as possibilidades de valorização social e cultural – por meio de táticas de visibilidade e práticas artísticas, das artes visuais às artes cênicas e sem dúvida do design –, de uma rica materialidade composta por plásticos e papéis entre outros materiais.
Convidados: Alex Teixeira, Carol Noury, Maria Raquel Lima, Ricardo Cabral. Mediação: Kauê Silva. Provocação: Mariana Monteiro
Regenerações: os mil tons de verde de uma horta-escola
O que pode uma horta numa escola de design, em pleno centro da cidade do Rio de Janeiro? A partir da experimentação de estar e de cultivar a terra, o espaço propõe sentir e refletir sobre as co-relações existentes ali, e como essas relações podem impactar o próprio modo de fazer design. Nesta mesa, palestrantes trarão trazer suas contribuições para um debate sobre as relações entre todos os seres, humanos e não humanos, e como designers podem atuar tecendo e fortalecendo essas relações. As relações entre design e agroecologia são fundamentais para uma atuação projetual geradora de meios urbanos mais sustentáveis em termos de alimentação, de saúde, de cuidados com terrâneos e territórios, e de processos regenerativos mais em geral.
Convidados: Rose Trovão, Ana Souza, João Portella, Pedro Biz. Mediação: Clara Acioli. Provocação: André Luiz Carvalho
Ressignificações: as mil histórias das imagens achadas
Ao circular pelas calçadas de nossas cidades e, em particular, as de alguns bairros do Rio de janeiro, é possível observar objetos e imagens ali vendidas e, sobretudo, o cuidado com que os vendedores arrumam essas “coisas”. Embora tenham sido descartadas, por essas mãos cuidadosas, elas voltam a ser mercadorias. Através de processos de seleção de cores e formas, o chão se transforma em vitrine de exposição e os vendedores em verdadeiros colecionadores e curadores. Através da escolha das imagens e de suas identificações com elas, vendedores contam as suas próprias histórias e outras ainda, de certo modo, nos convidam a fazê-lo também, ao invés de restaurar um passado. Nesta mesa, palestrantes compartilharão suas reflexões sobre lugares onde “coisas” – imagens entre outros objetos – são achadas, sobre seus processos de ressignificação das mesmas e, por fim, sobre os novos lugares onde voltam a se encontrar com o público sob novas formas, desde instalações a audiovisuais bem como design.
Convidados: Rose Trovão, Ana Souza, João Portella, Pedro Biz. Mediação: Clara Acioli. Provocação: André Luiz Carvalho
Palestra de Encerramento
Allan Deneuville - A ecologia precisa de investigações em fontes abertas? Design e OSINT a serviço da luta contra os crimes ambientais
Créditos
Curadoria e Coordenação Geral: Bárbara Szaniecki (CNE FAPERJ)
Curadoria das Mesas: Kauê Marcos Pereira da Silva, Mariana Alves Monteiro, Victor Domingues Venancio, Vitória Meirelles
Organização: Anna Clara Miranda Soares, Carolina Noury da Silva Azevedo, Daniela Hallack Dacorso, Kauê Marcos Pereira da Silva, Mariana Borja Costard, Mariana Alves Monteiro, Raíssa Joanna Vítola Albuquerque, Satsumi Murakami Rocha da Costa, Victor Domingues Venancio, Vitória Meirelles Mendonça do Amaral
Design Gráfico: Mariana Borja Costard
Vídeos: Dani Dacorso e Victor Domingues
Edição de Vídeo: Victor Domingues, Jonathan Nunes e Anna Clara Rodrigues
Realização: Laboratório de Design e Antropologia (LaDA) / PPDEsdi / UERJ
Apoio: FAPERJ
































